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sexta-feira, 15 de maio de 2009

TRONO ACÚSTICO DE D. JOÃO VI

EM VEZ DE CORNETA ACÚSTICA O COMPANHEIRO SURDINHO D.JOÃO VI TINHA UM TRONO ACÚSTICO.
Os súditos se punham de joelhos para falar bem nas bocas dos leões que ficavam nos braços e por um tubo escondido o som chegava aos reais ouvidos (supondo que o Rei não se sentasse sobre o tubo, nunca se sabe...)

Estou pensando em encomendar um desses ...

Rei que pode tudo, pode até fingir que não é surdo usando esse truque do trono acústico mas uma pessoa plebéia nascida no século XX não pode no século XXI dispor desse trono. E duvido que alguém queira se ajoelhar para falar comigo.

Já que não posso mudar a acústica do mundo tenho mesmo é que me adaptar avisando as pessoas com quem tenho que conversar. Hoje fui a um Orkontro de gente de uma comunidade de decoração. Gente simpática, com gostos semelhantes, já conhecida pela troca de mensagens...

Desde que fiquei surda reuniões com mais de 3 pessoas são impraticáveis principalmente se o ambiente é barulhento. Como faço uma mistura de leitura labial com aparelhos auditivos fico pescando palavras e tentando seguir a conversa geral e isso cansa.

E ao me cansar fico meio sonolenta ou aparentemente desinteressada, imagino que faço cara de tédio...e não é nada disso.
Por sorte as pessoas quando podem conversar comigo num ambiente mais tranquilo acabam me conhecendo e facilitando a comunicação e eu adoro uma boa conversa.

Lembro quando eu trabalhava no BB e tínhamos as famosas, chatas e obrigatórias reuniões setoriais com direito a ata e tudo. E redigir a ata era tarefa em que nos revezávamos, ninguém escapava. Até que decidi pedir aos colegas que me dessem um resumo do que queriam dizer, sugerir, criticar...no começo estranharam um pouco mas depois disso minhas atas ficaram legíveis e objetivas. Então a coisa é assim, a gente tem que aprender a ser surdo todo o tempo, encarar as situações novas como pode, deixar claro que tem limitações e não fingir que está ouvindo tudo...

terça-feira, 12 de maio de 2009

TOLERÂNCIA ZERO

CONTO O MILAGRE MAS NÃO DIGO O SANTO
CONFIRMEI O QUE JA SABIA
COM DISCURSOS POLÍTICOS MEU GRAU DE TOLERÂNCIA É ZERO.
NUM EVENTO QUE NÃO VEM AO CASO CITAR
UMA SENHORA MATRAQUEANDO AO MICROFONE
OS ASSISTENTES TINHAM FOME, ESTAVAM CANSADOS
E A TAL MULHER NÃO LARGAVA O MICROFONE
E EU SENTADA NA PRIMEIRA FILA
FUZILANDO INDIGNAÇÃO DE OUVIR TANTO FALATÓRIO
E AINDA DIZEM QUE SÃO NOSSOS REPRESENTANTES
E AINDA PAGAMOS SEUS POLPUDOS SALÁRIOS.