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domingo, 26 de julho de 2009

HORTA EM SAMPA tomate


PHOTO SÔRAMIRES

quinta-feira, 23 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Lejos de Buenos Aires II


Minha amiga Mabel acaba de me ligar de Buenos Aires, notícias de amigos, de meu apartamento portenho...algum comentário político: tudo igual.

Mas com uma novidade desagradável, a gripe suína chegou mais perto, a sobrinha está com suspeita da gripe, tomando Tamiflu e em isolamento doméstico. Não se tem certeza do diagnóstico e nem se sabe como se contaminou. As grandes incógnitas dessa gripe.

E eu sem muita vontade e disposição para viajar vou ficando em Sampa mesmo que este ano o friozinho daqui está bom pra mim.

E que fazer em Baires onde a atividade cultural está bem restrita seja porque foram cancelados eventos seja porque mesmo que não sejam cancelados as pessoas têm medo de se juntar em ambientes fechados.

E em Baires tem um agravante: no inverno todos os ambientes públicos abusam do aquecimento (calefacción) e esses equipamentos secam e viciam o ar que respiramos fazendo o papel de uma boa estufa para todo tipo de contaminação.
A coisa parece que se complica mesmo, acabo de ler em La Nación:
Dois costumes argentinos arraigados estão suspensos: compartir el mate y besitos.
Sábias palavras de uma grande figura dos palcos argentinos, Enrique Pinti:

"El espectáculo debe continuar, dicen siempre los empresarios. Esa es una frase que ellos inventaron para seguir ganando plata, pero ahora se la pueden meter en el culo. En realidad, hay que decir que el espectáculo puede continuar. Y puede continuar si todos tomamos conciencia y somos responsables para evitar que esta enfermedad se propague. Así que le decimos a la gente que no venga al teatro si está con fiebre o engripado. Entre todos nos debemos cuidar".



segunda-feira, 13 de julho de 2009

Esta semana, o mundo do jazz comemora os 50 anos do lançamento do disco Time Out, do pianista Dave Brubeck, um dos álbuns mais vendidos de toda a história do jazz.
(Estadão)


Caramba! David Brubeck foi uma das trilhas sonoras pessoais dos anos 60 e tanto...e continuo gostando e ouvindo. Pena que eu não esteja com pique para escrever algo mais elaborado.

Mas que sirva de lembrete: quem conhece procure o LP e coloque para tocar com todo amor e carinho, idem para quem tem o CD ou até mesmo uma fita cassete.
Tá certo, achei um Take Five no you tube...vamos lá.


http://www.youtube.com/watch?v=BwNrmYRiX_o&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Eorkut%2Ecom%2Ebr%2FFavoriteVideos%2Easpx%3Fuid%3D3208624668898556697%26na%3D4%26nst%3D21%26nid%3DdWlkXzQ4ODA1OTMzfGZ0X3ZpZCxud18wfGFkXzEyMjkw&feature=player_embedded

domingo, 12 de julho de 2009




HORTA PAULISTANA

segunda-feira, 6 de julho de 2009

LEJOS DE BUENOS AIRES

Este ano meu inverno portenho parece que não vai acontecer.

Quando saí de Baires em fins de abril já senti um clima meio "epidêmico" com todo mundo em Ezeiza usando máscaras, do pessoal de atendimento ao pessoal de limpeza. E um monte de meios de comunicação com câmaras e repórteres trazendo à consciência que um aeroporto, porto, estação ferroviária ou rodoviária são os lugares ideais para espalhar doenças contagiosas.

E em Baires vejo um agravante para o problema: a mania de aquecer os ambientes. Além do choque térmico de sair de um lugar muito aquecido para o vento gelado nesses lugares coletivos como cinemas, teatros, centros de compras, etc todo mundo respirando esse ar viciado e aquecido que resseca narinas e olhos deve ser um ambiente muito favorável para os agentes infecciosos.

E outra coisa que torna Baires pior em julho é o monte de crianças em férias e os pais e mães desesperados para leva-los passear. É um mar de gente, turistas de outras províncias, de outras cidades, de outros países. Então está tudo pronto para espalhar a gripe...

Agora chegam as notícias aos poucos: alerta sanitário, seja lá o que for...teatros suspendem apresentações, cursos no Centro Cultural Recoleta também não acontecerão em julho, A Biblioteca Nacional que eu frequento muito também suspende atividades, o cine Gaumont onde tem o aro magnético para hipoacúsicos também fecha as portas. Farmácias exibem avisos de que não tem álcool nem máscaras para vender.
E que vou fazer em Baires se não posso ir a concertos, cinemas, museus, livrarias?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

EU E A DEPRESSÃO SAZONAL DE VERÃO


Eu e a depressão de verão>
Sampa, agosto/2004>

Texto recuperado em 2009 porque tudo o que está escrido continua válido e funcionando...estou feliz porque o friozinho de Sampa me devolveu a alegria de viver e a disposição.

Eu me vejo como uma pessoa inteligente, criativa, batalhadora, com gosto pelo estudo e pela pesquisa.
Por outro lado não consegui realizar muito nas possíveis carreiras que me fascinam: bailarina, musicista, cineasta, fotógrafa, tradutora, designer, escritora, professora, dona de sebo ou de loja de artesanato... e outras mais. Sempre dizia a meu psiquiatra de toda vida: "Existe algo em mim que me sabota".
Minha vida escolar desde o jardim da infância sofria altos e baixos; de primeira da classe passava a uma média de 35, sendo que na época a nota maior era 100.
No ginásio e colégio notas apenas regulares contrastavam com a opinião de professores que me consideravam inteligente.
Na USP consegui terminar os cursos fazendo pouquíssimos créditos por semestre.
Apesar da surdez precoce (aos 19 anos) consegui e mantive um emprego estável e relativamente bem pago. Consegui ser uma boa bancária aplicando criatividade e inteligência nesse ir e vir de números e papéis de antes do computador.
Tinha planejado para a aposentadoria um paraíso feito de pós graduação, música, artes, viagens, leitura e algum trabalho social como voluntária.
Mas a realidade me sabotou.
Com a ajuda de meu psiquiatra e agora amigo fui separando o que era doença física e o que era psicológico. TPM, menopausa, enxaqueca, fibromialgia, hipotiroidismo e outras coisas do gênero foram tratadas pelos respectivos especialistas.
Descartados esses problemas sobrou ela: A DEPRESSÃO. Várias tentativas de tratamento mais ou menos eficientes e muitas recaídas. Minha cabeça ia em mas meu corpo se recusava a acompanhar.
Como numa colagem fui juntando dados e aos poucos formando uma figura multi facetada mas objetiva: o assassino que me rondava era o calor, o verão quente e úmido que traz alegria de férias à maioria das pessoas.
Para confirmar essa percepção bastaram alguns verões insuportáveis em Buenos Aires. Eu havia escolhido essa cidade por seu inverno delicioso, geladinho e cheio de atrações culturais.
A depressão e a enxaqueca voltavam a me atacar com ferocidade e eu levava quase seis meses para me recuperar.
Tudo isso misturado a 3 cirurgias com anestesia geral e outras 3 com cirurgia local, tratamentos para fibromialgia, enxaqueca, menopausa, rinite alérgica resultando em ganho de peso, acabou com meus planos e a alegria de viver.
Todos os meus problemas de saúde pareciam pertencer à mesma familia e se não eram diretamente causados pelo verão eram despertados por ele. Ao notar que aplicações de gelo melhoravam minhas dores no corpo e enxaqueca e que o inverno portenho com temperaturas de 5 graus centígrados ou menos devolviam minha vitalidade comecei a pesquisar conexões entre calor, umidade e depressão.
Aos poucos fui achando uma possível resposta. Por incrível que pareça, vivendo num país com vastas áreas de clima quente e úmido a resposta veio dos Estados Unidos da América : especialistas em depressão sazonal de inverno começaram a receber pacientes que relatavam os sintomas de depressão sazonal mas com sinal trocado.
Não eram os dias curtos e escuros de inverno mas os dias quentes e úmidos do verão que causavam sofrimento e mal estar.
Assim o fantasma nebuloso que atacava algumas pessoas começou a ter seus contornos mais definidos: para os norte americanos trata-se de"Summer SAD" ou seja distúrbio afetivo sazonal de verão.
Com a descoberta fiquei triste e feliz. Triste pelos anos e anos de sofrimento sem explicação e feliz porque minhas suspeitas se confirmaram.
Havia algo me sabotando mas não era minha insegurança ou baixa auto estima ou mesmo preguiça...era o verão, o calor, a poluição atmosférica que enlouqueciam meu organismo, provocando um caos doloroso em minha vida, cujo nome genérico é depressão.
Como muitas áreas da medicina esta pesquisa apenas começa mas para gente como eu é um avanço tremendo. Por isso quero compartilhar textos que encontro e também quero aprender mais para melhor minha qualidade de vida e de outras pessoas com problemas semelhantes.

Se você quiser saber mais é só colocar no google: "summer sad", "summer depression" "Norman Rosenthal" (o responsável pela pesquisa sobre depressão sazonal de inverno e de verão)...
Eu mesma tenho uma enorme coleção de textos porque estudei o problema e li tudo que aparecia sobre o assunto, na verdade não há muito material sobre o tema.
E o tratamento para pessoas com esse distúrbio? Tratamento com psiquiatra, se for o caso antidepressivos e se possível mudança para lugar de clima frio ou até mesmo fazer de sua casa um ambiente mais frio com ventiladores, ar condicionado, janelas especiais, etc.
O mais importante: não se sinta culpada(a) de não gostar do verão como a maioria das pessoas.