Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

sábado, 19 de dezembro de 2009

Reflexão sobre chavões: o mundo conforme Hollywood?

Postei no blog do Jairo, Assim como você
um comentário a respeito de um vídeo onde um coral de pessoas com deficiências várias canta o Imagine do Lennon tirado de uma série chamada Loosers, se não me falha a memória.
E ando meio de saco (que não tenho) cheio de mensagens humanitárias povoadas de pessoas consideradas "especiais", deficientes, ou como quer que se denominem.
Não me comove um cego dançar tango como no "Perfume de mulher" ao contrário penso porque um cego não poderia dançar?
Filminhos com gente doente, lutadora, exemplos de vida...simplesmente ODEIO A EXPRESSÃO EXEMPLO DE VIDA.


Meu comentário:
Essa mania norteamericana de louvar o sucesso, a liderança, os vencedores parece ter nos contaminado via cinema e séries de TV. Como já dizia a música: "o cinema falado é o grande culpado..." No meu tempo a gente ficava feliz com um vice-campeonato, com um segundo ou terceiro lugar...hoje em dia é ser primeiro ou nada! Não faz mal a ninguém ser perdedor de vez em quando, o que faz mal é etiquetar o mundo de maneira permanente: Fulano é Vencedor ou é Perdedor como se isso fosse a essência do indivíduo. Nesses termos perdedor é o feio, o torto, o malacabado? Não o perdedor é quem não luta, não vai atrás, não estuda, não cresce, não tenta viver melhor. Perdi minha audição, mas encontrei aparelhos auditivos, posso até ter meus momentos de tristeza por causa disso mas quem perdeu deve procurar só assim é que a gente pode achar. Ninguém é especial, nem melhor ou pior, a gente é o que a gente consegue ser.18/12/2009 21:20

RESPOSTA:Uaaaau....

Uma das distorções made in USA são as historinhas infantis tradicionais nas versões Disney...
os conflitos e tramas são modificados, adocicados e até falsificados. A maldade, contradição, tristeza, os conflitos familiares, as dores do crescimento tratados nas fábulas simplesmente desaparecem.

Basta ler as versões dos contos popularizadas por escritores como Perrault, Irmãos Grimm, La Fontaine e em seguida ver a versão Disney.

Uma boa reflexão sobre esses contos pode ser lida em
Psicanálise dos Contos de Fadas de Bruno Bettelheim.

E uma análise mais agressiva do mundo Disney encontramos em
Para ler o Pato Donald de Ariel Dorf . Poder ser radical ou até exagerada mas sem dúvida nos faz pensar e ver de um modo diferente.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Reality show, esse é de verdade Decoração Especial para fibromiálgicos e depressivos

É EXATAMENTE ASSIM QUE FICA MEU PEQUENO APARTAMENTO DEPOIS DE UMA CRISE...PARECE QUE PASSOU UM TORNADO. NÃO TENHO FORÇA PARA EMPUNHAR UM ASPIRADOR DE PÓ, DOBRAR E GUARDAR ROUPAS, LAVAR LOUÇAS OU COLOCAR A LOUÇA SUJA NA MÁQUINA. E O PIOR É QUE NÃO GOSTO DE TER EMPREGADA OU FAXINEIRA. A PRESENÇA DE PESSOAS NA MINHA CASA ME PERTURBA, ME INCOMODA MAIS DO QUE A BAGUNÇA.
ESSAS FOTOS SÃO UMA FORMA DE TERAPIA, UM MODO DE VER MEU ESPAÇO CAÓTICO ONDE OS OBJETOS AGRIDEM EM LUGAR DE SERVIR A MEU CONFORTO.
MOSTRAM O LABIRINTO EM QUE ME PERCO ATACADA PELA DEPRESSÃO, FIBROMIALGIA, FADIGA CRÕNICA...MALDITO CANSAÇO INFINITO!























































sábado, 28 de novembro de 2009

Tem algo mais fake do que um reality show?

TEM ALGO MAIS FAKE QUE UM REALITY SHOW?
Talvez os noticiários...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

1968 não acaba de terminar...

Morre antropólogo francês Claude Lévi-Strauss
REUTERS

PARIS - O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss morreu aos 100 anos, informou nesta terça-feira a editora Plon. Segundo um porta-voz da editora francesa, o autor de "Tristes Trópicos" morreu no sábado. Claude Lévi-Strauss, que renovou o estudo dos fenômenos sociais e culturais, principalmente os relacionados aos mitos, faria 101 anos em 28 de novembro. Considerado o antropólogo mais marcante de seu tempo, ele entrou na Academia francesa em 1973 e recebeu o título de "imortal". "Ele era extraordinariamente acessível a toda a Academia", disse a historiadora Hélène Carrère d'Encausse, também membro da Academia, para a France Info. Apesar da complexidade de sua obra, Lévi-Strauss conseguiu levar a etnologia ao grande público através de "Tristes Trópicos", obra científica escrita em 1955. Esse estudo dos comportamentos sociais dos índios brasileiros, de forte conteúdo autobiográfico, só não levou o prestigiado prêmio Gongourt porque não era um romance. Nascido em 28 de novembro de 1908 em Bruxelas, Lévi-Strauss fez seus estudos secundários em
Paris. Na Sorbonne, estudou geologia, direito, filosofia e letras, antes de enveredar pela etnologia depois de viver no Brasil.





FERNANDO DE BARROS E SILVA
A São Paulo de Lévi-Strauss
SÃO PAULO - "Um espírito malicioso definiu a América como uma terra que passou da barbárie à decrepitude sem conhecer a civilização. Poder-se-ia, com mais acerto, aplicar a fórmula às cidades do Novo Mundo: elas vão do viço à decrepitude sem parar na idade avançada". O antropólogo Claude Lévi-Strauss inicia com essas palavras, bem conhecidas, o capítulo sobre "São Paulo", o 11º de "Tristes Trópicos", dedicado a relatos e reflexões em torno de sua viagem ao Brasil.Lançado só em 1955, 15 anos após a volta do autor à França, o livro tem um forte acento literário e ensaístico, o que o torna bom de ler.Ao chegar a São Paulo em 1935, Lévi-Strauss diz que "não foi o aspecto novo que de início me espantou, mas a precocidade dos estragos do tempo". Logo adiante, ele ironiza o afã do progresso de uma cidade que se "desenvolve a tal velocidade que é impossível obter seu mapa: cada semana demandaria uma nova edição". São Paulo lhe parece em contínuo processo de construção e dissolução -um amálgama de novidades e ruínas incapaz de alcançar a civilização. Fisicamente, a cidade descrita não existe mais, o que comprova o acerto das observações.Na década de 30, o provincianismo da sociedade paulistana impressiona e diverte o francês de espírito cultivado. "Tristes Trópicos" é cruel com nossas veleidades.Como suas orquídeas prediletas, diz Lévi-Strauss, a elite paulista "formava uma flora indolente e mais exótica do que imaginava" -e a cultura, "até época recente, era um brinquedo para os ricos".Falando sobre a USP, que ajudou a criar, Lévi-Strauss diz ter julgado seus colegas nativos com "uma compaixão um pouco arrogante". E explica: "Ao ver aqueles professores miseravelmente pagos, obrigados, para comer, a fazer obscuros trabalhos, senti orgulho de pertencer a um país de velha cultura, onde o exercício de uma profissão liberal era cercado de garantias e de prestígio". O tempo passou, mas "Tristes Trópicos" dá muito o que pensar.


UM MESTRE CUJA OBRA CONHECI CURSANDO CIÊNCIAS SOCIAIS EM 1968, NA RUA MARIA ANTONIA, ALUNA DE RUTH CARDOSO E EUNICE RIBEIRO DURHAM.
LIVRO EDITADO PELA PLON, DE SÓBRIA CAPA PRETA E BELAS FOTOS NO SEU INTERIOR QUE PUDE LER EM FRANCÊS GRAÇAS ÀS AULAS DA DONA RUTH NO "ALEXANDRE DE GUSMÃO".
E ME APAIXONEI POR "TRISTES TROPIQUES" ...
E QUERIA SER ANTROPÓLOGA COMO ELE...
ATÉ HOJE TENHO SEUS LIVROS E DE VEZ EM QUANDO DOU UMA LIDINHA.

MAIS UMA AMADA LEMBRANÇA DE 1968 QUE SOBREVIVE EM MIM.

E POR FALAR NESSES TEMPOS...
RUY CASTRO
Minissaias de 1967
RIO DE JANEIRO - A história de Geyse, a estudante agredida por 700 colegas de faculdade em São Bernardo do Campo por usar um vestido curto, me devolveu a 1967, quando nós, os rapazes do 1º ano do curso de ciências sociais da FNFi (Faculdade Nacional de Filosofia), no Rio, víamos com muito prazer o fato de que a maioria das meninas da turma ia de minissaia à aula.Não eram minissaias sóbrias, a menos de um palmo do joelho, como o vestido de Geyse. Eram muito mais curtas. E nenhuma das moças, por mais bonita, fazia aquilo para provocar. Elas eram modernas, liberadas e gostavam de namorar -claro que só namoravam quem quisessem. Algumas liam Régis Débray; outras, Hermann Hesse; e, ainda outras, "Peanuts"; mas todas eram divertidas, inteligentes e politicamente atuantes.No dia seguinte às passeatas contra a ditadura na avenida Rio Branco, uma ou duas apareciam na faculdade com as coxas e canelas salpicadas de curativos, resultado das bombas de "efeito moral" que os agentes do Dops soltavam no meio da turba e, ao explodir, despejavam estilhaços que cortavam de verdade. Ao contrário de nossos jeans, grossos como couro e que nos protegiam as pernas, as minissaias expunham as garotas a esses riscos -que elas enfrentavam com graça e coragem.Várias lutaram à vera contra os militares e pagaram o preço, na forma de prisão, tortura, exílio ou morte de alguém próximo. Mas, sabe-se como, todas completaram o curso. No futuro, muitas se tornaram mestras ou doutoras respeitadas em suas carreiras, ainda que fora da sociologia.Às vezes reencontro-as em reuniões aqui no Rio. Estamos 40 anos mais velhos, mas, nas minhas fantasias, elas continuam as mesmas meninas de 1967: alegres, responsáveis, cultas -e irresistíveis em suas minissaias.


CAMINHANDO CONTRA O VENTO
SEM LENÇO SEM DOCUMENTO
NO SOL DE QUASE DEZEMBRO
EU VOU....

http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-64/questoes-litero-antropologicas/o-mitologo?utm_source=revistapiaui&utm_campaign=share&utm_medium=twitter&utm_content=http%3A%2F%2Frevistapiaui.estadao.com.br%2Fedicao-64%2Fquestoes-litero-antropologicas%2Fo-mitologo



agradeço ao Carlos Sá e à Vera Tango que me mandaram os textos de colunistas da Folha de S.Paulo. São amigos um pouco mais novos que a geração 68 mas sem dúvida companheiros de jornada até hoje.

sábado, 31 de outubro de 2009

Bazares Tradicionais de Sampa: para doar e para comprar

Casas ANDRÉ LUIZ


http://www.mercatudo.org.br/comodoar.php



O Mercatudo Casas André Luiz retira doações em toda a grande São Paulo e Região de Campinas e Sorocaba.
O que posso doar?
No Mercatudo, você poderá doar qualquer tipo de material em desuso. Exemplos: móveis, utensílios domésticos, CDs, DVDs, livros, roupas, calçados, materiais para reciclagem e outros. Faça já a sua doação!
Os nossos bazares são fonte de captação de materiais usados e recebem todo o tipo de doações, as quais são revertidas em benefícios aos nossos pacientes.
0800 7734066 / 11 2459-7000

Confira os endereços das Lojas do Mercatudo

Visite nossos bazares. Comprando no Mercatudo, você estará ajudando quem precisa!








LAR ESCOLA SÃO FRANCISCO

http://www.lesf.org.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=88



O Samburá comercializa os donativos recebidos em mercadorias, de modo a gerar receita financeira para custear o tratamento dos portadores de deficiência física carentes, no Centro de Reabilitação do Lar Escola São Francisco.
FuncionamentoAs doações são entregues na loja, rua França Pinto 783 - Vila Mariana, ou podem ser retiradas no local, após agendamento por telefone e de acordo com itinerários pré-estabelecidos. Aceita todo e qualquer tipo de mercadoria: livros, roupas, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, jornais, móveis residenciais e de escritório, tapetes e quadros, brinquedos, sucata de papel, alumínio, vidro, ferro,etc. É feita uma triagem e aquelas em bom estado são colocadas à venda; as que puderem ser recondicionadas vão para as oficinas de conserto (aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, marcenaria) e as que não puderem ser reaproveitadas, nem como reposição de peças, são vendidas como sucata. Como clientes temos os proprietários de brechós, antiquários e também a população em geral.
CONTATO: 11 5908-7899




UNIBES
http://www.unibes.org.br/bazar_historico.asp



O Bazar Beneficente da Unibes é um dos mais tradicionais da cidade de São Paulo. Há mais de vinte anos ele atrai cerca de 400 pessoas por dia em busca de bons produtos e ótimos preços.
Além de ser um excelente lugar para se fazer compras, o Bazar é uma das principais fontes de recursos da organização que atende mais de 7 mil pessoas por ano.
Todos os dias chegam dezenas de doações feitas por empresas e particulares. Após triagem, as mercadorias são encaminhadas primeiramente para as pessoas matriculadas no Serviço Social da entidade. Somente o excedente é vendido no Bazar.A diversidade de produtos é seu diferencial, pois podem ser encontrados móveis, roupas, eletro-eletrônicos, livros, utilidades domésticas, objetos de arte, decoração e até material de escritório.

Colaborar com o Bazar é muito fácil, pois aceitamos qualquer tipo de produto em bom estado e ainda retiramos a doação no local, com data e hora marcada.
Colabore, sua doação pode ajudar a melhorar a vida de muita gente!!!
O Bazar da Unibes possui duas filiais:
Filial 1: Rua Rodolfo Miranda, 150 – Bom Retiro – São Paulo.Filial 2: Rua Rodolfo Miranda, 293 – Bom Retiro – São Paulo. Nova: Av Celso Garcia 165.


EXÉRCITO DE SALVAÇÃO
http://www.exercitodoacoes.org.br/


Visite nossos Bazares Beneficentes " Salvashopping " em São Paulo:

Avenida Santa Catarina, 1781Vila Mascote - São PauloCEP: 04378-300Horário de Funcionamento:Segunda a Sexta : 10h às 18hSábados: 9h às 13h

Avenida Cupecê, 3254Cidade Ademar - São PauloCEP: 04366-000Horário de Funcionamento:Segunda a Sábado: 10h às 18h

Rua Dona Belmira Marin, 900Grajaú - São PauloCEP: 04846-000Horário de Funcionamento:Segunda a Sábado: 10h às 18h


Visite nossos Bazares Beneficente " Salvashopping " no Rio de Janeiro:



Avenida 28 de Setembro, 354Vila Isabel - Rio de JaneirCEP: 20551-030
Horário de Funcionamento:Segunda a Sexta : 10h às 18hSábados: 9h às 13h

Rua Dr. Odilon Benévolo 105Benfica – Rio de JaneiroCEP: 20911-230Horário de Funcionamento:Segunda a Sábado: 10h às 16h

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mais Sampa

Vila Itororó São Paulo
Photo de SôRamires 197?
Praça Roosevelt 197? Photo SôRamires


Pça Alexandre de Gusmão Sampa photo SôRamires 197?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009









Tomates na varanda - Photos SôRamires



















sábado, 10 de outubro de 2009


Tomates paulistanos





TOMATES PAULISTANOS PHOTO SÔRAMIRES


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

BIGODE, BIGODINHO, BIGODÃO

Houve um tempo em que um "fio de bigode" era a garantia da palavra empenhada, mas já faz tempo esse tempo. Hoje as coisas são mutantes, pós modernas quem sabe? O portador de bigode irrevogável deixa de sê-lo diante dos apelos de uma barba histórica.

A Frida manteve sua palavra, ou melhor seu bigode irrevogavelmente pintado.
O bigode do Carlitos também permaneceu firme, gravado nas películas.

O bigodão do Bienvenido nunca se enredou nos microfones.




E este amado bigodão do meu marxista preferido.





Depois de ver e ouvir cantar Bienvenido Granda no You Tube y por supuesto cantar junto, baixou-me o espírito etimológico do Borges e fui aos dicionários da Real Academia e ao Aurélio: tive visões de bigotes emaranhados. O do Chaplin, o do Adolph... e o do meu amado Groucho de bigodão falso que ilustra este texto indignado.

Maranha, maranhinha, maranhão

Meu velho exemplar do Aurélio, sempre alerta me alertou:

Maranhão:
s.m.Mentira, intriga



Maranhão é uma maranha aumentada, e maranha é entre outras coisas: coisa intrincada, intriga, embrulhada, confusão, combinação, conluio, pacto, astúcia, esperteza,manha, velhacaria, malandragem...
Estou me referindo ao nome do Rio Marañon.
E ao possível enredamento dos fios de um bigode mal cuidado e sujo, com restos de pizza por exemplo.


A mesma pizza que também pode estar grudando e emaranhando os fios do bigode de um Mercador de Antes.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ENQUANTO POLÍTICA FOR UMA PROFISSÃO ESTAREMOS MAL

CARACOLES, ESSA GENTE NÃO LARGA O OSSO!!!!

E AINDA FAZ QUESTÃO DE LEVAR O RESTO DO BANQUETE PARA CASA, PARA FILHOS, NETOS, PARENTES DE ATÉ DÉCIMO GRAU, AGREGADOS, VIZINHOS, AMIGOS, PARA PACIFICAR INIMIGOS E DESAFETOS...ENFIM UMA PROVISÃO QUE COBRE UMAS 5 GERAÇÕES. TUDO ISSO FINANCIADO POR MIM E QUEM COMO EU PAGA IMPOSTOS.

O QUE MAIS ME IRRITA É QU SOU OBRIGADA A VOTAR MESMO NÃO TENDO PESSOAS CONFIÁVEIS EM QUEM VOTAR.

E AGORA VÃO QUERER COLOCAR NO TRONO GENTE QUE QUER INTRODUZIR O CRIACIONISMO NAS ESCOLAS???SERÁ QUE TEREMOS QUE ALÉM DE PAGAR IMPOSTOS RECOLHER O DÍZIMO? EU JÁ ESTOU FICANDO VERDE DE RAIVA E O PIOR É QUE SEI QUE NÃO ADIANTA NADA.

ENQUANTO POLÍTICA FOR UMA CARREIRA DE LONGA DURAÇÃO ESTAMOS FRITOS. DEVERIA SER PROIBIDA A REELEIÇÃO EM TODOS OS CARGOS! CANSEI DE SUSTENTAR ESCÂNDALOS, LADROEIRAS, NEGOCIATAS, PEDOFILIAS E OUTRAS ABERRAÇÕES.

domingo, 16 de agosto de 2009

FESTIVAL DE GRAMADO

FATOS RELEVANTES PARA MIM PORQUE SE RELACIONAM COM A SURDEZ:


O GRUPO LEGENDA NACIONAL ESTEVE PRESENTE MAIS UMA VEZ DIVULGANDO A NECESSIDADE DO FILME NACIONAL LEGENDADO PARA QUEM NÃO OUVE MAS SE EMOCIONA.


PRÊMIO ESPECIAL DO JURI
LA PRÓXIMA ESTACIÓN
DE PINO SOLANAS

Gosto muito do cinema de Pino Solanas que junta emoção, indignação, militância e um sabor muito humano.



Saiba mais sobre o filme:

http://www.pinosolanas.com/proxima_estacion_info.htm


Vi LA PRÓXIMA ESTACIÓN no cine Gaumont, de Buenos Aires, numa sessão em que todos os espectadores nos emocionamos e chegamos a nos manifestar com gritos, aplausos e vaias.
E para mim o dado especialíssimo: Sou surda, uso aparelhos auditivos e nesse cinema existe o desconhecido (no Brasil) "aro de indução magnética" ou hearing loop".
Com a ajuda desse equipamento pude seguir todas as falas do filme, em espanhol da Argentina, ouvindo diretamente nos meus aparelhos auditivos, som claro se sem interferências.
Nesse dia, nessa sessão de cinema me senti um ser humano feliz ao poder rir e chorar como todo mundo naquela sala de cinema.


MEUS TEMPOS DA ECA...(1980...)

LONGA METRAGEM BRASILEIRO
MELHOR FOTOGRAFIA
KÁTIA COELHO - FILME: CORPOS CELESTES de MARCOS JORGE

Corpos Celestes" encerra com brilho competição em Gramado ...
Último Segundo - ‎15/08/2009‎
Com uma história pronta para o mercado internacional e praticamente perfeito tecnicamente, “Corpos Celestes”, dirigido por Marcos Jorge (“Estômago”) e ...
'Corpos Celestes' é mostrado ao público de Gramado Terra Brasil
Corpos Celestes Zero Hora
Diretor de 'Estômago' passa por prova de fogo em Gramado G1.com.br


TIVE O PRAZER DE PARTICIPAR DA EQUIPE DE PRODUÇÃO DO FILME
"CRIMES DA LATA" num curso de Pós Graduação da ECA do professor Eduardo Peñuela Cañizal onde a Kátia atuou como assistente de fotografia.

Titles
CRIMES DA LATA
Main Director
WILSON BARROS
Year
1980
Length
9 Minutes
Countries
Brazil
Genre
Short
Series
Actors
ELIANE FARHAH
BRUNO de ANDRE
VALTER PINI
Directors
WILSON BARROS
Director Of Photography
JOSE ROBERTO SADEK
FERNANDO SCAVONE
Composer
VALTER PINI
Author
Companies
ECA/USP
Movie Posters
CRIMES DA LATA

Nessa turma também estavam a Vânia Debs, Aucione Torres Coutinho artista plástico e o Amaral que faz o comentário abaixo:

Antônio do Amaral Rocha disse...
Wilson Barros (1948-1992)

Por AARochaNada mais chocante do que uma notícia dessas. Estava lendo uma resenha crítica de José Geraldo Couto, na Folha de São Paulo, de 4/2/2007, a propósito do lançamento em DVD do filme Anjos da Noite, de Wilson Barros, e logo no primeiro parágrafo fui acometido de um choque. Estava escrito: Wilson Barros (1948-1992).
Explico: é chocante saber que quando duas datas estão anotadas à frente de um nome é porque aquele ser humano deixou de existir naquela última data. Fiquei sabendo, 15 anos depois, que Wilson Barros morreu. Mas será verdade? Não teria sido um engano do crítico?
Na dificuldade em conferir tal informação só posso acreditar nela e ficar consternado 15 anos depois.
No final da década de 70 e início da década de 80, Wilson foi um brilhante colega no curso de pós-graduação em Cinema na ECA.
Lembro-me que, enquanto um grupo de alunos orientados pelo Professor Peñuela e Ismail Xavier, entre eles eu, gatinhávamos no contato com as teorias cinematográficas, Wilson já trilhava com maestria no curta-metragem e se destacava entre todos.
Certa vez, um trabalho de curso proposto pelo Professor Peñuela foi a realização de um média-metragem.
Lembro-me que todas as tarefas típicas da realização de um filme foram divididas entre o grupo e a direção foi dada a Wilson, por razões óbvias, declarou Peñuela. "É o único aqui que tem perfil de diretor e quero investir nesta idéia", foram mais ou menos as palavras dele. Dessa experiência realizamos Os crimes da lata, argumento do próprio Wilson, roteirizado por ele, com ajuda dos colegas (éramos umas 10 pessoas). A minha função foi de fotógrafo de cena (still, no métier cinematográfico) e foi igualmente gratificante passar aquele período num set sob a direção de Wilson.
Lembro-me de um outro episódio: estava conversando com o Wilson e disse a ele que tinha começado a escrever um trabalho sobre o Cinema Novo sob o ponto-de-vista do Tropicalismo. Wilson ouviu os meus argumentos, me instigou, me questionou e no fim me disse: Antônio, esse é o tema da minha dissertação. Confesso que, diante disso, desisti da idéia, visto que já tinha alguém brilhante pensando no tema. Não sei se Wilson escreveu essa dissertação, nem mesmo se defendeu seu mestrado ou doutorado, mas tenho a certeza que se o fez foi de forma brilhante.
Depois disso, Wilson passou a ter uma carreira cinematográfica própria e ainda na década de 80 realizou pelo menos uma obra-prima conhecida que é Anjos da Noite.
Eu, depois daquela experiência, continuei estudando Cinema, mas perdi o contato com aqueles colegas, fiz outros cursos e entrei na pós da FFLCH da USP me propondo a estudar as relações entre Literatura e Cinema.Achava mesmo muito estranho não ter conhecimento de nenhum filme novo de Wilson e hoje tenho essa notícia, por acaso, num complemento ao seu nome. Desconcertante e triste... Publiquei este comentário no meu blog: http://aamaralrocha.blogspot.com/
fale conosco









Base de dados :
FILMOGRAFIA
Pesquisa :
ID=030862
Referências encontradas :
1 [refinar]
Mostrando:
1 .. 1 no formato [Completo]
página 1 de 1

1 / 1


CRIMES DA LATA


CategoriasCurta-metragem / Sonoro / FicçãoMaterial original35mm, COR, 9min, 280m, 24qData e local de produçãoAno: 1980País: BRCidade: São PauloEstado: SPSinopse
"Um momento no cotidiano sufocante de um casal de classe média. O homem chega do trabalho, a mulher assiste à novela na TV. De repente, explode a crise final." (ECA-USP/Catálogo 1984)Gênero

ComédiaTermos descritores
Casamento; Mulher; EconomiaTermos geográficos
SPProduçãoCompanhia(s) produtora(s): ECA/USP - Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

Produção: Debs, Vânia
Assistência de produção: Almeida, Sonia Ramires deProdução -
Dados adicionaisCoordenação de produção: Cañizal, Eduardo Peñuela
Argumento/roteiroArgumento: Barros, Wilson
Autoria do texto de locução: Menezes, Lizete de
DireçãoDireção: Barros, Wilson
FotografiaDireção de fotografia: Scavone, Fernando; Sadek, José RobertoAssistência de câmera: Coelho, Kátia
Fotografia de cena: Carvalho, Ruth; Rocha, Antonio do Amaral
SomDireção de som: Coca, Francisco
MontagemMontagem: Barros, Wilson; Debs, VâniaDireção de arteFigurinos: Diogo, Sandra; Laurentiz, Paulo Tadeu de; Silva, Ana Maria de Paula eCenografia: Diogo, Sandra; Laurentiz, Paulo Tadeu de; Silva, Ana Maria de Paula eLetreiros: Agostinho, Aucione TorresDados adicionais de direção de arteMontagem de cenário: Sabiá, JoãoMúsicaMúsica (Genérico): Pini, ValterIdentidades/elenco: Fahat, ElaineAndré, BrunoPini, ValterLocução: Amedeo, WagnerConteúdo examinado: SFontes utilizadas:
CB/Transcrição de letreirosECA-USP/Catálogo 1984









-->
Parabéns Kátia...Bela carreira menina!

Entrevista com Kátia Coelho

Diretora de Fotografia fala de sua carreira
Kátia Coelho, professora de Fotografia Cinematográfica na Universidade de São Paulo/ Dep. de Vídeo e Cinema.
Mestrado em Fotografia Cinematográfica-USP com a dissertação:”Cinema Sem Palavras: Tônica Dominante e Kyrie ou O Início do Caos.”

PRÊMIOS DE LONGA METRAGEM
Prêmio Kodak Vision Award - Women in Film Los Angeles 2001 - TÔNICA DOMINANTE – Direção: Lina Chamie-segundo lugar.
Prêmio APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte – Melhor Fotografia, “TÔNICA DOMINANTE” Dir. Lina Chamie.
Prêmio Melhor Fotografia de Longa Metragem.
Festival de Belém.
“Como Fazer um Filme de Amor”
Direção: José Roberto Torero.

Prêmio Link Digital de Melhor Fotografia em Longa Metragem.
“Como Fazer um Filme de Amor”
Direção: José Roberto Torero.
Trabalhou em mais de 30 curtas metragens, filmes comerciais, Programas de TV e documentários.
Filmes comerciais realizados em várias produtoras como Academia de Filmes (Lea Van Steen, Dainara Tofolli, Marcos Jorge), Movieart (Bia Flecha), etc.
Videoclips de Chico César, Viper, Mascavo Roots, etc.

ENTREVISTA COM KÁTIA COELHO
Ademir: Como é ser a primeira Diretora de Fotografia no Brasil a dirigir a fotografia de um longa-metragem?
Kátia Coelho: Comecei minha carreira profissional como assistente de câmera. Também fui a primeira assistente de câmera, mulher, a fazer um longa metragem. Comecei a trabalhar, profissionalmente em 1983, após me formar na USP. Meu primeiro longa metragem como assistente de câmera (segunda assistente) foi “Além da Paixão”,dirigido por Bruno Barreto e fotografado por Affonso Beato.Talvez, por ter carreira internacional, Affonso imediatamente me deu essa força sem problemas.Comecei trabalhando com fotografia de cinema na faculdade com meu professor,o cineasta prematuramente falecido, Chico Botelho, diretor de longas metragens e diretor de fotografia. No cinema cultural (que sempre foi minha primeira escolha) nunca senti nenhum preconceito por ser mulher, só recebi bastante apoio das pessoas com quem trabalhei. Ser a primeira diretora de fotografia mulher a dirigir a fotografia de um longa metragem no Brasil (Tônica Dominante, dirigido por Lina Chamie) foi uma conseqüência natural do fato de ter sido a primeira assistente de câmera mulher a fazer um longa metragem.O filme que fotografei, “Tônica Dominante” teve uma boa repercussão:ganhei o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte)e um prêmio Internacional, KODAK VISION AWARD, Los Angeles, segundo lugar em fotografia de longa metragem. O roteiro do filme, escrito pela diretora Lina Chamie, era baseado em imagens e música, o que me permitiu, a partir do roteiro, desenvolver um trabalho essencialmente visual em parceria com a direção.Hoje em dia, existem muitas jovens assistentes de câmera, algumas diretoras de fotografia mulheres Maritza Caneca(RJ), por exemplo. Então, a “novidade” já está indo embora e com a novidade está indo embora o preconceito também.
Ademir: Por que escolheu trabalhar com “fotografia de cinema”?
Kátia Coelho: Sempre gostei de cinema. Quando criança, morava em cima de um cinema (CineJamour) e o som dos filmes invadia o meu apartamento. Minha avó me levou assistir HELP, Richard Lester, umas três vezes quando criança porque, ou a gente ia assisitir ao filme ou ouvia a música o dia inteiro.Como a música dos Beatles é mágica, íamos ao cinema atraídas pela música como na fábula do "Flautista de Hamelin". Também lia muitas fotonovelas italianas, em preto e branco, ao lado de minha avó e adorava!Acho que esse foi o início da minha carreira.Um pouco jovem, seis anos, mas o interesse pela imagem surgiu daí.Ganhei também (sempre de minha avó) minha primeira câmera fotográfica KODAK Instamatic e um laboratório fotográfico de brinquedo que ampliava fotos de verdade por contato!Ainda tenho essas imagens: são azuis!
Ademir: Você também ministra aulas voltadas a Fotografia de Cinema?
Kátia Coelho: Faço workshops em festivais, palestras no EDUCINE (SP) e dou aulas de fotografia em cinema e vídeo na Universidade de São Paulo no Curso Superior do Audiovisual.
Ademir: No seu ponto de vista, por que a maioria dos diretores de fotografia do mundo, são homens?
Kátia Coelho: Na maioria das profissões, o trabalho desenvolvido pela mulher, o”deixar” de ser dona de casa , começou nos anos 60, com a liberação feminina, com o movimento hippie. Com uma mudança estrutural do pensamento da própria existência.É natural que um trabalho com equipamentos pesados como a direção de fotografia em cinema afastasse, em princípio, o interesse feminino. Mas a fotografia de cinema é um trabalho criativo, intelectual onde o peso dos equipamentos faz parte do ofício mas é só uma pequena parte.
Ademir: No total, em quantos curtas e longas-metragens você trabalhou?
Kátia Coelho: Como assistente de câmera fiz mais de 20 longas metragens e como diretora de fotografia fiz cinco. Curtas, Clipes, programas de TV perdi as contas...ai...acho que o tempo está passando!
Ademir: Como foi o trabalho no longa “Tônica Dominante” com a diretora Lina Chamie?
Kátia Coelho: Trabalhar com Lina Chamie é sempre um presente para um diretor de fotografia. Lina pensa muito a técnica sem esquecer o sentimento em seus roteiros.Em “Tônica Dominante”, pudemos, eu e a diretora de arte Ana Mara Abreu, mergulhar num universo de pesquisa de cores e texturas que já existiam no próprio roteiro.É um filme que se baseia na imagem como narrativa da história. Minha nova experiência com a diretora Lina Chamie (novamente em parceria com a diretora de arte Ana Mara Abreu), o longa metragem “A Via Láctea”, foi feito de outra forma, uma outra técnica, um outro olhar, sem iluminação, em vídeo, mas sempre com a reflexão da história, da técnica incorporada ao roteiro.Lina é uma diretora que traz desafios para o diretor de fotografia.”Tônica Dominante” e“A Via Láctea” são extremos opostos em suas narrativas visuais porém com um ponto em comum , a meu ver, de uma narrativa sensível, masculina e feminina. Como nos quadros de Gustave Klimt
Ademir: Você acredita que existiu uma melhora no cinema nacional? Se sim, em quais quesitos?
Kátia Coelho: Eu adoro cinema brasileiro, sempre gostei. Assistia filmes nacionais quando era adolescente. Lembro muito de um filme chamado “O Inseto do Amor”, roteiro de Sílvio de Abreu e direção de Fauze Mansur. Morri de rir, era na época da pornochanchada. O texto era muito bom! Eu acho que, atualmente existe uma pré-disposição dos tempos a induzir o público a assistir filmes nacionais como já aconteceu, anteriormente no tempo das chanchadas, por exemplo. E, tecnicamente, o cinema nacional está acompanhando o cinema estrangeiro. As salas melhoraram muito a qualidade.Temos cinemas de excelente nível de imagem e som como os da rede Artplex, por exemplo. Mas, outro dia assisti ao filme ”O Padre e a Moça” e revi Macunaíma em cópia restaurada.Ambos de Joaquim Pedro de Andrade.Excelentes! Para mim, o cinema nacional sempre foi maravilhoso!
Ademir: Apenas uma pequena porcentagem da população Brasileira vai ao cinema. No seu ponto de vista, o que poderia ser melhorado para nós termos uma melhor acessibilidade as salas de exibições?
Kátia Coelho: Eu acho que está se criando uma política de expansão de salas (com projeções digitais ou mesmo em película), no interior das cidades ou mesmo a exibição de filmes em praças públicas, onde pessoas que nunca foram ao cinema tem acesso aquela imagem exibida em tela grande. Essa política me parece muito interessante.Me lembra um filme que assisti há muito tempo, um filme espanhol, ”O Espírito da Colméia”.Pela primeira vez, era exibido, em uma pequena cidade, um filme em projeção montada em um cinema itinerante na praça.O filme que passou foi "Frankestein", a cena é inesquecível.O brilho nos olhos das pessoas vendo aquela imagem que, para elas,era tão verdadeira e assustadora, era lindo! Um filme que deve funcionar muito bem em locais onde não existe o cinema (populações ribeirinhas à beira do Amazonas, por exemplo) é “Lisbela e o Prisioneiro”, Guel Arraes, acho o filme uma graça!
Ademir: Algumas perguntas rápidas.
Um longa-metragem, e por quê?: "Manhattan" Woody Allen: Nova York em Preto e Branco, mágica!
Um curta-metragem: Tori, de Quelany Vicente e Andréa Midori, meu último curta fotografado:um olhar muito especial da personagem, uma menina japonesa, sob a delicada direção de Quelany e Andréa.
Um diretor: Almodóvar e Lucrécia Martel.
Um ator: Tom Cruise.
Uma atriz: Naomi Watts.
Um momento inesquecível do cinema: A cena final em “Manhattan” quando Mariel Hemingway diz a Woody Allen que é preciso acreditar nas pessoas. Ao final, toca Rapsódia in Blue de Gershwin. É de chorar de emoção!
Ademir: Mais uma vez lhe agradeço pela gentileza e simpatia. Tive o prazer de assistir uma de suas excelentes aulas de Direção de Fotografia e, espero ter a oportunidade de assistir outras.
Autor: Ademir Pascale
Fonte:
Portal Cranik

Copyright © Educine todos os direitos reservados. - Desenvolvido por
Web em Segundos - Hospedado por Security Host

sábado, 15 de agosto de 2009

CARTA A LOS CRONOPIOS

http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1160982

Por Julio Cortázar

Sus libros de cuentos y novelas han marcado la literatura de la segunda mitad del siglo XX. Entre ellos, hay títulos clásicos como Bestiario, Las armas secretas, Todos los fuegos el fuego, Los premios y Rayuela

En febrero de 1964 un grupo de escritores latinoamericanos se reunió en Ciudad de México para celebrar una reunión "cronopia". Julio Cortázar no pudo asistir pero envió la contribución siguiente, que será incluida en la edición corregida y aumentada de la correspondencia que prepara la editorial Alfaguara.
Nada puede parecerme más ominoso que una reunión de cronopios poetas y artistas. La sola y siniestra idea es comparable a la mañana en que los campesinos de Bustedville, Nevada, vieron llegar a un caballo sin jinete, con un mensaje atado a un estribo: las langostas habían aprendido a pensar y avanzaban estratégicamente, comiéndose a los hombres en vez de las plantas de maíz. Pero también, mensaje por mensaje, acordémonos de la botella vomitada por el mar en las playas de Dubrovnik en agosto de 1865, con su inscripción bordada en un guante de mujer: "Estoy tan solo, tan lejos, tan alto".
Dados esos antecedentes, toda aglomeración de cronopios me parece digna de sospecha. ¡Cuidado con los poetas que muerden! ¡Cuidado con los artistas que transforman! Ya se han visto sus intenciones en el volante teñido de rosa ingenuo que han distribuido profusamente y donde anuncian: "Cerrojos caídos y puertas abiertas". ¡Cerrojos caídos y puertas abiertas! ¿Pero qué va a ser de nosotros, doctor Gómez? ¡Ay, vaya uno a saber, señora Rodríguez!
En vista de todo lo cual, mi indignada aportación a este nefasto primer encuentro de la Acción Poética Interamericana es la siguiente: Cronopios de la tierra americana, muestren sin vacilar la hilacha. Abran las puertas como las abren los elefantes distraídos, ahoguen en ríos de carcajadas toda tentativa de discurso académico, de estatuto con artículos de I a XXX, de organización pacificadora. Háganse odiar minuciosamente por los cerrajeros, echen toneladas de azúcar en las salinas del llanto y estropeen todas las azucareras de la complacencia con el puñadito subrepticio de la sal parricida.
El mundo será de los cronopios o no será, aunque me cueste decirlo porque nada me parece más desagradable que saludarlos hoy cuando en realidad me resultan profundamente sospechosos, corrosivos y agitados. Por todo lo cual aquí va un gran abrazo, como le dijo el pulpo a su inminente almuerzo.
París, 1964
Surdos e deficientes auditivos queremos acessibilidade cultural
MENSAGEM ENVIADA À SALA SÃO PAULO

Faço parte de um enorme contingente de pessoas com deficiência auditiva, que usamos aparelhos ou implantes cocleares e que amamos a música.

Falta em São Paulo e no Brasil que as salas sejam equipadas, como na Argentina (Colon e outros teatros e cinemas) com amplificadores de indução magnética (hearing loop em inglês, aro ou bucle magnético em espanhol, boucle magnétique e francês.

Gostaria de saber se a Sala São Paulo conta com o equipamento ou planeja sua instalação.Em nome da comissão SULP - Surdos Usuários da Língua Portuguesa.
BEETHOVEN ASSINARIA ESTA PETIÇÃO, NÃO ACHAM?

domingo, 9 de agosto de 2009

Ilustrações de Gustave Doré








Júlio Verne, Perrault, Cervantes e tantos outros tiveram suas obras ilustradas por Doré.
Na minha memória palavras & imagens ficaram fundidas para sempre.


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

40 ANOS


domingo, 26 de julho de 2009

HORTA EM SAMPA tomate


PHOTO SÔRAMIRES

quinta-feira, 23 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Lejos de Buenos Aires II


Minha amiga Mabel acaba de me ligar de Buenos Aires, notícias de amigos, de meu apartamento portenho...algum comentário político: tudo igual.

Mas com uma novidade desagradável, a gripe suína chegou mais perto, a sobrinha está com suspeita da gripe, tomando Tamiflu e em isolamento doméstico. Não se tem certeza do diagnóstico e nem se sabe como se contaminou. As grandes incógnitas dessa gripe.

E eu sem muita vontade e disposição para viajar vou ficando em Sampa mesmo que este ano o friozinho daqui está bom pra mim.

E que fazer em Baires onde a atividade cultural está bem restrita seja porque foram cancelados eventos seja porque mesmo que não sejam cancelados as pessoas têm medo de se juntar em ambientes fechados.

E em Baires tem um agravante: no inverno todos os ambientes públicos abusam do aquecimento (calefacción) e esses equipamentos secam e viciam o ar que respiramos fazendo o papel de uma boa estufa para todo tipo de contaminação.
A coisa parece que se complica mesmo, acabo de ler em La Nación:
Dois costumes argentinos arraigados estão suspensos: compartir el mate y besitos.
Sábias palavras de uma grande figura dos palcos argentinos, Enrique Pinti:

"El espectáculo debe continuar, dicen siempre los empresarios. Esa es una frase que ellos inventaron para seguir ganando plata, pero ahora se la pueden meter en el culo. En realidad, hay que decir que el espectáculo puede continuar. Y puede continuar si todos tomamos conciencia y somos responsables para evitar que esta enfermedad se propague. Así que le decimos a la gente que no venga al teatro si está con fiebre o engripado. Entre todos nos debemos cuidar".



segunda-feira, 13 de julho de 2009

Esta semana, o mundo do jazz comemora os 50 anos do lançamento do disco Time Out, do pianista Dave Brubeck, um dos álbuns mais vendidos de toda a história do jazz.
(Estadão)


Caramba! David Brubeck foi uma das trilhas sonoras pessoais dos anos 60 e tanto...e continuo gostando e ouvindo. Pena que eu não esteja com pique para escrever algo mais elaborado.

Mas que sirva de lembrete: quem conhece procure o LP e coloque para tocar com todo amor e carinho, idem para quem tem o CD ou até mesmo uma fita cassete.
Tá certo, achei um Take Five no you tube...vamos lá.


http://www.youtube.com/watch?v=BwNrmYRiX_o&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Eorkut%2Ecom%2Ebr%2FFavoriteVideos%2Easpx%3Fuid%3D3208624668898556697%26na%3D4%26nst%3D21%26nid%3DdWlkXzQ4ODA1OTMzfGZ0X3ZpZCxud18wfGFkXzEyMjkw&feature=player_embedded

domingo, 12 de julho de 2009




HORTA PAULISTANA

segunda-feira, 6 de julho de 2009

LEJOS DE BUENOS AIRES

Este ano meu inverno portenho parece que não vai acontecer.

Quando saí de Baires em fins de abril já senti um clima meio "epidêmico" com todo mundo em Ezeiza usando máscaras, do pessoal de atendimento ao pessoal de limpeza. E um monte de meios de comunicação com câmaras e repórteres trazendo à consciência que um aeroporto, porto, estação ferroviária ou rodoviária são os lugares ideais para espalhar doenças contagiosas.

E em Baires vejo um agravante para o problema: a mania de aquecer os ambientes. Além do choque térmico de sair de um lugar muito aquecido para o vento gelado nesses lugares coletivos como cinemas, teatros, centros de compras, etc todo mundo respirando esse ar viciado e aquecido que resseca narinas e olhos deve ser um ambiente muito favorável para os agentes infecciosos.

E outra coisa que torna Baires pior em julho é o monte de crianças em férias e os pais e mães desesperados para leva-los passear. É um mar de gente, turistas de outras províncias, de outras cidades, de outros países. Então está tudo pronto para espalhar a gripe...

Agora chegam as notícias aos poucos: alerta sanitário, seja lá o que for...teatros suspendem apresentações, cursos no Centro Cultural Recoleta também não acontecerão em julho, A Biblioteca Nacional que eu frequento muito também suspende atividades, o cine Gaumont onde tem o aro magnético para hipoacúsicos também fecha as portas. Farmácias exibem avisos de que não tem álcool nem máscaras para vender.
E que vou fazer em Baires se não posso ir a concertos, cinemas, museus, livrarias?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

EU E A DEPRESSÃO SAZONAL DE VERÃO


Eu e a depressão de verão>
Sampa, agosto/2004>

Texto recuperado em 2009 porque tudo o que está escrido continua válido e funcionando...estou feliz porque o friozinho de Sampa me devolveu a alegria de viver e a disposição.

Eu me vejo como uma pessoa inteligente, criativa, batalhadora, com gosto pelo estudo e pela pesquisa.
Por outro lado não consegui realizar muito nas possíveis carreiras que me fascinam: bailarina, musicista, cineasta, fotógrafa, tradutora, designer, escritora, professora, dona de sebo ou de loja de artesanato... e outras mais. Sempre dizia a meu psiquiatra de toda vida: "Existe algo em mim que me sabota".
Minha vida escolar desde o jardim da infância sofria altos e baixos; de primeira da classe passava a uma média de 35, sendo que na época a nota maior era 100.
No ginásio e colégio notas apenas regulares contrastavam com a opinião de professores que me consideravam inteligente.
Na USP consegui terminar os cursos fazendo pouquíssimos créditos por semestre.
Apesar da surdez precoce (aos 19 anos) consegui e mantive um emprego estável e relativamente bem pago. Consegui ser uma boa bancária aplicando criatividade e inteligência nesse ir e vir de números e papéis de antes do computador.
Tinha planejado para a aposentadoria um paraíso feito de pós graduação, música, artes, viagens, leitura e algum trabalho social como voluntária.
Mas a realidade me sabotou.
Com a ajuda de meu psiquiatra e agora amigo fui separando o que era doença física e o que era psicológico. TPM, menopausa, enxaqueca, fibromialgia, hipotiroidismo e outras coisas do gênero foram tratadas pelos respectivos especialistas.
Descartados esses problemas sobrou ela: A DEPRESSÃO. Várias tentativas de tratamento mais ou menos eficientes e muitas recaídas. Minha cabeça ia em mas meu corpo se recusava a acompanhar.
Como numa colagem fui juntando dados e aos poucos formando uma figura multi facetada mas objetiva: o assassino que me rondava era o calor, o verão quente e úmido que traz alegria de férias à maioria das pessoas.
Para confirmar essa percepção bastaram alguns verões insuportáveis em Buenos Aires. Eu havia escolhido essa cidade por seu inverno delicioso, geladinho e cheio de atrações culturais.
A depressão e a enxaqueca voltavam a me atacar com ferocidade e eu levava quase seis meses para me recuperar.
Tudo isso misturado a 3 cirurgias com anestesia geral e outras 3 com cirurgia local, tratamentos para fibromialgia, enxaqueca, menopausa, rinite alérgica resultando em ganho de peso, acabou com meus planos e a alegria de viver.
Todos os meus problemas de saúde pareciam pertencer à mesma familia e se não eram diretamente causados pelo verão eram despertados por ele. Ao notar que aplicações de gelo melhoravam minhas dores no corpo e enxaqueca e que o inverno portenho com temperaturas de 5 graus centígrados ou menos devolviam minha vitalidade comecei a pesquisar conexões entre calor, umidade e depressão.
Aos poucos fui achando uma possível resposta. Por incrível que pareça, vivendo num país com vastas áreas de clima quente e úmido a resposta veio dos Estados Unidos da América : especialistas em depressão sazonal de inverno começaram a receber pacientes que relatavam os sintomas de depressão sazonal mas com sinal trocado.
Não eram os dias curtos e escuros de inverno mas os dias quentes e úmidos do verão que causavam sofrimento e mal estar.
Assim o fantasma nebuloso que atacava algumas pessoas começou a ter seus contornos mais definidos: para os norte americanos trata-se de"Summer SAD" ou seja distúrbio afetivo sazonal de verão.
Com a descoberta fiquei triste e feliz. Triste pelos anos e anos de sofrimento sem explicação e feliz porque minhas suspeitas se confirmaram.
Havia algo me sabotando mas não era minha insegurança ou baixa auto estima ou mesmo preguiça...era o verão, o calor, a poluição atmosférica que enlouqueciam meu organismo, provocando um caos doloroso em minha vida, cujo nome genérico é depressão.
Como muitas áreas da medicina esta pesquisa apenas começa mas para gente como eu é um avanço tremendo. Por isso quero compartilhar textos que encontro e também quero aprender mais para melhor minha qualidade de vida e de outras pessoas com problemas semelhantes.

Se você quiser saber mais é só colocar no google: "summer sad", "summer depression" "Norman Rosenthal" (o responsável pela pesquisa sobre depressão sazonal de inverno e de verão)...
Eu mesma tenho uma enorme coleção de textos porque estudei o problema e li tudo que aparecia sobre o assunto, na verdade não há muito material sobre o tema.
E o tratamento para pessoas com esse distúrbio? Tratamento com psiquiatra, se for o caso antidepressivos e se possível mudança para lugar de clima frio ou até mesmo fazer de sua casa um ambiente mais frio com ventiladores, ar condicionado, janelas especiais, etc.
O mais importante: não se sinta culpada(a) de não gostar do verão como a maioria das pessoas.

domingo, 28 de junho de 2009

EU SOU DEFICIENTE AUDITIVA E ADORO MÚSICA, TEATRO, CINEMA E CULTURA EM GERAL!!!!

Count Basie, cópia a naquim de foto de Spitzer
Nunca imaginei que um exercício do curso de desenho fosse servir anos mais tarde para ilustrar meu desabafo. Esses músicos todos me fazem um bem danado.
Play it...

PORQUE NESTA CIDADE DE SÃO PAULO QUE SE CONSIDERA VANGUARDA CULTURAL NÃO TEM UM ÚNICO TEATRO, OU CINEMA, OU ESCOLA OU LOCAL PÚBLICO EQUIPADO COM O FAMOSO (SÓ PARA MIM EU DESCONFIO) "ARO DE INDUÇÃO MAGNÉTICA" OU "HEARING LOOP"??????????????????????????????
NINGUÉM TEM OBRIGAÇÃO DE SABER O QUE É A NÃO SER AS PESSOAS QUE NESTE PAIS OCUPAM CARGOS EM ÓRGÃOS DESTINADOS A PROMOVER A ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO SOCIAL.
http://www.hearingloop.org/
ou
http://www.mah.org.ar/



BASTA PERCORRER NA INTERNET OS SITES DE MUSEUS DA UNIÃO EUROPÉIA COMO O RAINHA SOFIA, O GUGGENHEIM, O POMPIDOU, E TANTOS OUTROS COMO MUITAS SALAS, CINEMAS, TEATROS DE NOSSA VIZINHA ARGENTINA PARA VER QUE ESSE EQUIPAMENTO ESTÁ DISPONÍVEL AO LADO DE LEGENDAS E INTÉRPRETES DE LÍNGUAS DE SINAIS.


ISSO SE CHAMA ACESSIBILIDADE PARA QUEM NÃO SABE E NOSSAS AUTORIDADES MUNICIPAIS ESTADUAIS E FEDERAIS DEVERIAM SABER DISSO.


O QUE FAZEM OS ASSESSORES? ONDE ANDAM AS PESSOAS QUE DÃO CONSULTORIA AO CORDE E CONADE?????


SE ATÉ MESMO PRONUNCIAMENTOS OFICIAS DE MEMBROS DO GOVERNO SÃO APRESENTADOS NA TV SEM LEGENDAS, SOMENTE COM INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS.


CANSEI DE SER TRATADA COMO SURDA DE SEGUNDA CLASSE, DE ME ACHAREM PRIVILEGIADA PORQUE POSSO OUVIR ALGUMA COISA COM MEUS APARELHOS AUDITIVOS, DE PARA ALGUNS NÃO SER NEM MESMO SURDA, SURDA DE VERDADE.


EU NÃO GOSTO DE SER SURDA, NÃO SINTO ORGULHO NEM VERGONHA, CONSIDERO ISSO UM FATO E PONTO FINAL, NÃO ME FAZ UMA PESSOA MELHOR NEM PIOR QUE AS OUTRAS. SOU DEFICIENTE SIM E LUTO PARA SUPERAR ESSA DEFICIÊNCIA COM OS RECUSOS DA MEDICINA E TECNOLOGIA.


NÃO SOU REVOLTADA, APENAS QUERO USUFRUIR DA CULTURA, EXERCER MINHA CIDADANIA.



SOCORRO MARA GABRILLI!!!!JAIRO MARQUES!!!!MARTA GIL!!!!MAQ!!!!!!!!!E TANTOS OUTROS QUE SE INTERESSAM PELA ACESSIBILIDADE DE TODOS.
POR QUE AS AUTORIDADES CULTURAIS OU EDUCACIONAIS IMAGINAM QUE PARA TODO E QUALQUER SURDO UM INTÉRPRETE DA LÍNGUA DOS SINAIS RESOLVE TODOS OS PROBLEMAS?


E PARA AS ESCOLAS, TRIBUNAIS, E VÁRIOS OUTROS LOCAIS ONDE É NECESSÁRIA A TRANSCRIÇÃO DO QUE ESTÁ SENDO DITO EXISTE O EQUIPAMENTO DE ESTENOGRAFIA QUE DEVIDAMENTE INSTALADO PODE NÃO SÓ IMPRIMIR COMO PROJETAR EM TELÃO AS LEGENDAS FEITAS.



ESTOU CANSADA DE EXPLICAR QUE NEM TODO SURDO USA LÍNGUA DE SINAIS, ALIÁS A MAIORIA DOS DEFICIENTES AUDITIVOS PODE SE BENEFICIAR COM O USO DE APARELHOS AUDITIVOS, QUE SÃO OFERECIDOS PELOS SUS.

Serviço de atenção à saúde auditiva SUS

S U S Diagnóstico, Tratamento, Reabilitação, Terapia Fonoaudiológica, Implante coclear Clicando no endereço abaixo você poderá selecionar o Estado, a Cidade em que existe prestação de serviços referentes à saúde auditiva


http://cnes.datasus.gov.br/Mod_Ind_Especialidades.asp?VEstado=00&VMun=00&VTerc=00&VServico=107&VClassificacao=00&VAmbu=&VAmbuSUS=1&VHosp=&VHospSUS=1




domingo, 14 de junho de 2009

HORTA PAULISTANA


Photos de SôRamires



Eu não sou a única agricultora de sacada em Sampa.
Tenho muitos colegas:

HORTA EM SAMPA


segunda-feira, 8 de junho de 2009

A mulher barômetro sem tempestades

Só mesmo quem tem sua vida regrada pelo barômetro e outras forças ocultas (não as do Jânio com certeza!) pode entender como uma trégua é preciosa.
Como acordar bem, com energia e sentir que o corpo pode acompanhar seus desejos, por mais simples que sejam. Tudo isso porque faz frio na terra da garoa.
Quando isso acontece, quando acordo viva tenho que tomar café, remédios e fazer tudo rapidinho: dar a cagadinha e mijadinha matinal, lavar as partes ou tomar banho, botar roupa, pentear os cabelos, colocar óculos e aparelhos auditivos e partir para esse mundão cruel e maravilhoso.
Botar os afetos em dia, telefonar, mandar e-mail ou até a máxima ousadia: fazer visitas e conversar.
De preferência andando...
Ontem consegui essa proeza, visitei a No, amiga desde os tempos do cursinho, desde as passeatas de 1968...e de brinde apareceu a Tereza amiga mais recente mas como se fosse companheira de jardim da infância.

Conversar de tudo um pouco, falar dos achaques, dos remédios, das comidas, das delícias do Mercadão, de filmes, livros, receitas, artesanato, comadres meio intelectuais meio donas de casa, solteironas...lembra até o nome daquela peça de Shakespeare que acho que nunca vi "As alegres comadres de Windsor".
Graças a uma trégua dos achaques. Asssim de simples.
E arrematei meu dia com uma caminhada pela Paulista, tomando vento frio e indo à FNAC...achei um livro sobre a Bauhaus cheio de fotos lindo e barato para um livro de arte e me dei de presente.

Nesses dias o monstro desaparece, Doctor Jeckil tranca Mr. Hide no armário e sai para viver como todo mundo...o conde Drácula abandona o sarcófago, o Monstro da Lagoa Negra nada placidamente na superfície, o Sancho toma a liderança e o que é melhor o doido Quijano obedece, se comporta e toma seus remédios deixando de ter surtos e criar problemas para os demais.



sábado, 6 de junho de 2009

A MULHER BARÔMETRO

Sou eu! Não sei porque raios de neurônios, memória genética, RH negativo ou outras causas secretas sou tremendamente sensível às mudanças atmosféricas. Baixa pressão atmósféria, eletricidade no ar, tempestades...me afetam e me derrubam assim como um belo vento frio me desperta para a vida.

O calor me transforma (como diz fernando pessoa num poema: eu que não tenho tido paciência para tomar banho...e nem pentear os cabelos) em feia adormecida sem príncipe, a fibromialgia me impede de dar os passeios a pé que tanto gosto...e uma vontade infinita de dormir, e o pior dormir sem descansar como se eu tivesse o cansaço ancestral acumulado.
O dr. Oliver Sacks ia adorar me conhecer e observar meus sintomas...muitos deles já descritos em Enxaqueca.

Quando acordo com sono, cansada, vontade de chorar sem motivo, uma fome arrasadora de pão e carboidrado já sei que ELA vem aí...e o pior é que vem por etapas, num dia eu tenho essa fome gigantesca( pareço um poço sem fundo querendo devorar pedras e tijolos) e sonolência, depois vem a vontade de chorar não sei porque, num outro dia vem o vômito...caramba! Não consigo combinar um programa, um passeio, uma visita porque nunca sei como vou estar no dia marcado. E não me venham com explicações falsamente psicológicas dessas de revistinhas femininas...Eu quero sair, eu quero encontrar pessoas, eu quero me comunicar enfim eu quero viver mas meu corpanzil não me acompanha, sabota meus desejos de viver.
Quando não é tudo isso é tudo aquilo da rinite alérgica...as águas escorrendo pelo nariz e olhos,
lábios partidos, tosse seca, nariz e ouvidos tapados (para quem já é surda piora uma barbaridade).
Descobri que existe uma rara forma de "depressão sazonal de verão" com poucas pessoas premiadas com ela ao redor do mundo...meus neurônios gostam de coisas raras então eu tenho a tal depressão reversa...quando todos saem para o mar, para o sol eu quero entrar numa câmara frigorífica. Vivo enclausurada em ambientes com ar condicionado e se saio nas horas mais quentes tenho medo de desmaiar na rua. O sol me "ataca" como diz uma sofredora do mesmo mal numa reportagem do NY Times. Pelos menos sei que não estou inventando moda, a coisa existe e eu tenho...deve evitar ambientes quentes e fechados, sair nas horas de sol forte, evitar luz e claridade, e dobrar a dose habitual de fluexetina que tem sido meu apoio químicos nos últimos anos...
O pior é quando dizem você se entrega...saia, passeie, converse com as pessoas, tudo isso justamente quando você tem vontade de se meter muna caverna geladinha e hibernar no verão.
Todo mundo aceita que alguns não gostem de comer carne ou tomar leite, não bebam ou bebam um pouco além da conta...mas parece que há uma conspíração contra os que sofrem de depressão no verão que é segundo a grande maioria a estação do sol e da alegria...quando para os sofredores de "summer sad" (disturbio afetivo sazonal de verão em inglês, SAD é uma sigla e não a palavra TRISTE atenção tradutores automáticos).
Tanto cansei de explicar as minhas singularidades que desisti, passo por chata, egoista, fria, antisocial ou o que queiram e só discuto esses assuntos compessoas muito MUITO amigas e com meu psiquiatra.
Ou coloco no meu blog que virou meu caderno de anotações pessoais, é mais fácil ter esse caderno virtual porque não ocupa espaço físico.
ONTEM EU TIVE MUITA FOME, HOJE TIVE MUITO SONO...ELA VEM AI!!!! SOCORRO!!!
OUTRA HORA REVISO OS ERROS...AGORA VOU VER SE POSSO ME ESCONDER...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

TRONO ACÚSTICO DE D. JOÃO VI

EM VEZ DE CORNETA ACÚSTICA O COMPANHEIRO SURDINHO D.JOÃO VI TINHA UM TRONO ACÚSTICO.
Os súditos se punham de joelhos para falar bem nas bocas dos leões que ficavam nos braços e por um tubo escondido o som chegava aos reais ouvidos (supondo que o Rei não se sentasse sobre o tubo, nunca se sabe...)

Estou pensando em encomendar um desses ...

Rei que pode tudo, pode até fingir que não é surdo usando esse truque do trono acústico mas uma pessoa plebéia nascida no século XX não pode no século XXI dispor desse trono. E duvido que alguém queira se ajoelhar para falar comigo.

Já que não posso mudar a acústica do mundo tenho mesmo é que me adaptar avisando as pessoas com quem tenho que conversar. Hoje fui a um Orkontro de gente de uma comunidade de decoração. Gente simpática, com gostos semelhantes, já conhecida pela troca de mensagens...

Desde que fiquei surda reuniões com mais de 3 pessoas são impraticáveis principalmente se o ambiente é barulhento. Como faço uma mistura de leitura labial com aparelhos auditivos fico pescando palavras e tentando seguir a conversa geral e isso cansa.

E ao me cansar fico meio sonolenta ou aparentemente desinteressada, imagino que faço cara de tédio...e não é nada disso.
Por sorte as pessoas quando podem conversar comigo num ambiente mais tranquilo acabam me conhecendo e facilitando a comunicação e eu adoro uma boa conversa.

Lembro quando eu trabalhava no BB e tínhamos as famosas, chatas e obrigatórias reuniões setoriais com direito a ata e tudo. E redigir a ata era tarefa em que nos revezávamos, ninguém escapava. Até que decidi pedir aos colegas que me dessem um resumo do que queriam dizer, sugerir, criticar...no começo estranharam um pouco mas depois disso minhas atas ficaram legíveis e objetivas. Então a coisa é assim, a gente tem que aprender a ser surdo todo o tempo, encarar as situações novas como pode, deixar claro que tem limitações e não fingir que está ouvindo tudo...

terça-feira, 12 de maio de 2009

TOLERÂNCIA ZERO

CONTO O MILAGRE MAS NÃO DIGO O SANTO
CONFIRMEI O QUE JA SABIA
COM DISCURSOS POLÍTICOS MEU GRAU DE TOLERÂNCIA É ZERO.
NUM EVENTO QUE NÃO VEM AO CASO CITAR
UMA SENHORA MATRAQUEANDO AO MICROFONE
OS ASSISTENTES TINHAM FOME, ESTAVAM CANSADOS
E A TAL MULHER NÃO LARGAVA O MICROFONE
E EU SENTADA NA PRIMEIRA FILA
FUZILANDO INDIGNAÇÃO DE OUVIR TANTO FALATÓRIO
E AINDA DIZEM QUE SÃO NOSSOS REPRESENTANTES
E AINDA PAGAMOS SEUS POLPUDOS SALÁRIOS.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mais fotos de Palermo Viejo Buenos Aires





























Photos de Sôramires em abril/2009