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segunda-feira, 8 de junho de 2009

A mulher barômetro sem tempestades

Só mesmo quem tem sua vida regrada pelo barômetro e outras forças ocultas (não as do Jânio com certeza!) pode entender como uma trégua é preciosa.
Como acordar bem, com energia e sentir que o corpo pode acompanhar seus desejos, por mais simples que sejam. Tudo isso porque faz frio na terra da garoa.
Quando isso acontece, quando acordo viva tenho que tomar café, remédios e fazer tudo rapidinho: dar a cagadinha e mijadinha matinal, lavar as partes ou tomar banho, botar roupa, pentear os cabelos, colocar óculos e aparelhos auditivos e partir para esse mundão cruel e maravilhoso.
Botar os afetos em dia, telefonar, mandar e-mail ou até a máxima ousadia: fazer visitas e conversar.
De preferência andando...
Ontem consegui essa proeza, visitei a No, amiga desde os tempos do cursinho, desde as passeatas de 1968...e de brinde apareceu a Tereza amiga mais recente mas como se fosse companheira de jardim da infância.

Conversar de tudo um pouco, falar dos achaques, dos remédios, das comidas, das delícias do Mercadão, de filmes, livros, receitas, artesanato, comadres meio intelectuais meio donas de casa, solteironas...lembra até o nome daquela peça de Shakespeare que acho que nunca vi "As alegres comadres de Windsor".
Graças a uma trégua dos achaques. Asssim de simples.
E arrematei meu dia com uma caminhada pela Paulista, tomando vento frio e indo à FNAC...achei um livro sobre a Bauhaus cheio de fotos lindo e barato para um livro de arte e me dei de presente.

Nesses dias o monstro desaparece, Doctor Jeckil tranca Mr. Hide no armário e sai para viver como todo mundo...o conde Drácula abandona o sarcófago, o Monstro da Lagoa Negra nada placidamente na superfície, o Sancho toma a liderança e o que é melhor o doido Quijano obedece, se comporta e toma seus remédios deixando de ter surtos e criar problemas para os demais.



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